O Japão acredita que tem uma fatia grande demais de contribuições ao orçamento da Organização das Nações Unidas (ONU) e deseja uma revisão dessa cifra, mas não pretende ligar o assunto à sua tentativa de conseguir um assento permanente no Conselho de Segurança da entidade, afirmou um porta-voz do governo nesta quinta-feira.
Algumas autoridades japonesas fizeram ameaças veladas de cortar a contribuição de quase 20% de Tóquio ao orçamento administrativo da ONU se o Japão não conseguir apoio à sua campanha para uma vaga permanente no conselho.
Falando antes da visita do secretário-geral, Kofi Annan, ao Japão, entre 9 e 12 de dezembro, o secretário de gabinete Shinzo Abe disse que, embora Tóquio não associe os dois assuntos, a população japonesa estava descontente com a atual situação.
- Acho que as pessoas deste país sinceramente se questionam por que o Japão não é um membro permanente do Conselho de Segurança, mesmo pagando tanto - afirmou Abe.
Ele ressaltou que as contribuições do Japão somam 19,5% do orçamento da ONU, enquanto Grã-Bretanha, França, China e Rússia - quatro dos cinco membros permanentes do conselho - pagam juntos apenas 15,3%.
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