O senador Jarbas Vasconcellos (PMDB-PE) reclamou nesta terça-feira (3) em plenário de ter sido retirado da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) pelo líder do partido, Renan Calheiros (PMDB-AL). Para Jarbas, a ação foi uma "retaliação mesquinha" do colega após as críticas que fez contra o PMDB. Ele faz um discurso no plenário do Senado.
Se dizendo impedido de exercer plenamente o mandato, Jarbas comunicou a Mesa que recusava as indicações suas feitas pelo PMDB para outras comissões. Ele atacou Calheiros e lembrou que já houve uma tentativa de faze-lo deixar o cargo no auge do caso que provocou a renúncia do senador alagoano da Presidência do Senado em 2007.
"Não foi surpresa que o atual líder me afastou mais uma vez da CCJ em uma atitude de retaliação mesquinha. Não aceito qualquer outra indicação da liderança do PMDB para qualquer comissão desta casa. Nem na ditadura tive meus direitos políticos cassados como agora", disse Jarbas.
O senador de Pernambuco afirmou que desde sua chegada à Casa em 2007 faz parte da CCJ e destacou ter sido o relator do projeto que determina o afastamento de presidente da Casa que tiver aberto contra ele processo de cassação no Conselho de Ética. "Ao permitir este instituto angariei insatisfação de Renan Calheiros".
O ex-presidente do Senado e líder do PMDB acompanha em plenário o discurso de Jarbas. Antes do discurso, Calheiros disse aos jornalistas que a definição dos nomes das comissões é feito administrando os pedidos dos senadores. Afirmou que sua função é tentar compatibilizar estes interesses. Jarbas foi substituído na CCJ por Francisco Dornelles (PP-RJ) porque o PP participa de um bloco com o PMDB.
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