A votação do parecer do Conselho de Ética que pede a cassação do deputado João Paulo Cunha (PT-SP) foi adiada para depois da votação no plenário da Câmara. A reunião do conselho foi suspensa por causa do período de votações, a chamada ordem do dia. O ex-presidente da Câmara acusou o relator do processo, deputado Cézar Schirmer (PMDB-RS), de "omisso, rancoroso e preconceituoso".
Em sua defesa final, João Paulo voltou a garantir que colaborou "ao máximo" com o relator para o esclarecimento dos fatos.
- Tentei dar todas as informações ao relator. Talvez tenha falado demais - disse ele.
João Paulo informou que pedirá sua absolvição tanto ao Conselho de Ética quanto ao plenário da Câmara.
A deputada Ângela Guadagni (PT-SP), que havia pedido vista do relatório apresentou votou em separado com 79 páginas rebatendo ponto por ponto o texto que pede a cassação do mandato de João Paulo.
A deputada conclui o texto propondo o arquivamento da representação contra João Paulo. Durante a reunião que começou por volta das 11h, nove deputados debateram os pareceres do relator e o voto de Guadagni. Três deles manifestaram que votarão contra o parecer de Schirmer.
Schirmer disse que buscou "fatos que permitissem a materialidade das denúncias contra João Paulo" e que primeiro buscou informações para se convencer da denúncia. João Paulo é acusado de ter recebido 50 mil reais do Banco Rural das contas da SMP&B do empresário Marcos Valério de Souza.
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