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O ministro da Defesa, Nelson Jobim, anunciou nesta quarta-feira (31) que começa na semana que vem a negociação dentro do governo para a concessão de reajuste aos militares. Ele admitiu, no entanto, que, em decorrência do grande número de militares inativos e pensionistas, a correção nas distorções na remuneração das forças armadas é de difícil resolução. "Uma coisa é pensar a distorção. Outra é a capacidade de corrigi-la. A questão é o espaço que dispomos para resolver o problema", disse.

Jobim informou que a proposta de elevação na remuneração militar é vinculada, principalmente, a correção dos adicionais, que se incorporam ao soldo. O plano que está sendo avaliado prevê reajuste escalonado, começando retroativamente a setembro deste ano e com término previsto para setembro de 2008.

A proposta que está sob análise no ministério indica a correção máxima de 37,04% para as patentes de nível inferior (recruta aprendiz) e de 27,62% (almirantes e marechais da reserva).

O impacto financeiro da proposta é de R$ 1,6 bilhão, em 2007. No ano que vem, o impacto seria de R$ 5,89 bilhões e, em 2009, subiria para R$ 8,32 bilhões. A negociação salarial no governo começa na próxima quarta-feira (7) em conversa de Jobim com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Segundo o ministro, as negociações envolveram, na fase preliminar, os ministérios da Defesa, do Planejamento e da Fazenda.

Mais números

A equação salarial dos militares, de acordo com o ministro da Defesa, não fecha porque o contingente de militares é elevado. Apesar dos vencimentos mais baixos entre os servidores públicos (um militar em começo de carreira recebe líquido por mês R$ 207,00), o gasto anual das forças armadas com pessoal chega a R$33 bilhões por ano. Na magistratura federal, onde o piso passa de R$ 16 mil mensais, o gasto anual é "muito inferior", de acordo com Nelson Jobim.

Atualmente, as Forças Armadas pagam cerca de 609 mil pessoas, sendo que metade (342 mil) são servidores da ativa e 266 mil são militares da reserva e pensionistas. O orçamento de investimento e custeio das Forças Armadas para 2008 é de R$ 9 bilhões, com a possibilidade de incremento de R$ 1 bilhão, ao longo do próximo ano.

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