O presidente do Supremo Tribunal Federal, Nelson Jobim, defendeu nesta quinta-feira em Recife a delação premiada como forma eficiente de combater o crime organizado e reconheceu a lentidão do sistema judiciário nacional: ele disse que o congestionamento atinge 59% dos processos em tramitação nos tribunais. Ele acha que a Justiça de primeiro grau tem que ser fortalecida, mas disse que tem havido distorções mesmo nesse setor, como nos juízados especiais do Rio de Janeiro, onde ele afirmou que, de 900 mil demandas, 400 mil eram de responsabilidade de 16 empresas, sendo que destas só uma respondia por 70% das demandas. Jobim foi a Recife para um congresso de Direito.

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Jobim afirmou, ainda, que a Justiça, finalmente, entrou na agenda nacional e que é urgente que se dê resultados para a população brasileira:

- O pior é que hoje não temos mais a quem odiar. Antes apontávamos para os militares, éramos todos oposição. Agora, olhamos para trás e vemos no espelho o nosso rosto. Não temos mais a quem culpar. A coisa agora é conosco. É preciso que o país pense em um acordo para o futuro sem retaliações com o passado.

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