O ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse nesta segunda-feira, em Iperó, no interior de São Paulo, que espera anunciar até o fim de semana todos os nomes dos cinco membros da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), para a renovação total da direção do órgão. Jobim informou que antes de anunciar os nomes dos dois diretores que ainda falta anunciar, ele preferia conversar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está nos Estados Unidos.

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- Hoje poderemos ter mais uma notícia sobre mais uma função. Espero que tenha a renovação completa da agência até o final de semana - disse Jobim, durante visita ao Centro Experimental de Aramar, da Marinha, em Iperó.

Dos cinco nomes que compõem a direção da Anac, ainda estão nos cargos o diretor-presidente Milton Zuanazzi e o diretor de relações internacionais, Josef Barat. Como eles não podem ser demitidos, Jobim espera que eles renunciem nas próximas horas. Depois disso, o presidente indica os novos nomes e o Senado precisa dar o aval para os novos nomes. Até agora, três diretores já renunciaram. A primeira a deixar o cargo foi a diretora Denise Abreu, que entregou carta de renúncia a Jobim no último dia 24. Depois, no dia 28, foi a vez do diretor de segurança da Anac, Jorge Luiz Veloso, pedir para sair. O terceiro a deixar o cargo, no dia 6, foi Leur Lomanto. Jobim já escolheu três nomes para compor a diretoria da Anac.

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Allemander Pereira Filho já foi até aprovado pelo Senado. Solange Vieira, que atualmente assessora Jobim, já teve seu nome aprovado por Lula para substituir Zuanazzi, enquanto que o nome de Marcelo Pacheco dos Guaranys, que atualmente assessora o ministro da Fazenda, Guido Mantega, ainda não foi aprovado pelo Senado.

Nesta segunda, o ministro Nelson Jobim visitou o Centro Experimental de Aramar, em Iperó, onde conheceu detalhes do Programa Nuclear da Marinha (PNM), desenvolvido pelo Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo. No início de julho, o Centro Experimental recebeu a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que anunciou a liberação de R$ 1 bilhão para o programa nuclear brasileiro, dos quais R$ 130 milhões por ano, durante os próximos oito anos.

Jobim disse que o objetivo do Programa Nuclear da Marinha é desenvolver o enriquecimento de urânio no Brasil, para permitir que o país tenha um complexo de produção de combustível nuclear. O programa é desenvolvido em Aramar desde 1979 e objetiva capacitar o país a dominar o ciclo do combustível nuclear -meta já atingida - e construir uma usina nuclear de geração de energia elétrica. Depois disso, o projeto é a construção de um submarino com propulsão nuclear.