Os ministros José Eduardo Cardozo (Justiça) e Nelson Jobim (Defesa) anunciaram na tarde desta quarta-feira (1) que as Forças Armadas, a Polícia Federal (PF), a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Força Nacional de Segurança atuarão conjuntamente na execução do Plano Estratégico de Fronteiras. Ao contrário do que havia sido previsto, Cardozo e Jobim não assinaram o acordo de cooperação para a execução do plano. O lançamento foi adiado para a próxima semana. Não foi divulgado o motivo da mudança.
Durante a coletiva, informações como o orçamento do plano, o efetivo mobilizado para as operações e os locais de atuação também não foram divulgadas. "O início das operações vocês vão saber no momento que acontecerem", disse Jobim. "Essa operação tem sucesso durante um período de tempo. Agora ela precisa se deslocar, porque os narcotraficantes e contrabandistas acabam de deslocando também".
De acordo com Cardozo, os recursos disponíveis para as ações na fronteira serão aumentados. "À medida que conseguirmos a integração, conseguiremos a efetivação dos mecanismos de controle no combate à criminalidade", afirmou. O governo brasileiro pretende entrar em contato com autoridades colombianas, peruanas, venezuelanas, bolivianas e paraguaias para traçar planos conjuntos na região de fronteira. O foco é o combate ao narcotráfico, ao contrabando e no tráfico de pessoas.
Durante apresentação sobre o Centro de Operações Conjuntas, as autoridades de Brasília entraram em contato com militares da região amazônica por meio de um circuito interno de comunicação. Jobim ficou irritado porque a imagem deles apareceu apenas em um televisor, não no telão. "Substitui esse pessoal depois", disse o ministro, alfinetando a equipe técnica responsável pelos equipamentos.
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