Deputados e secretários estaduais se reuniram no Palácio Iguaçu na noite da última segunda-feira (15) para tentar azeitar a conturbada relação do atual mandato − após abrir o encontro, o governador Beto Richa (PSDB) se ausentou. Segundo os presentes, o deputado federal Ricardo Barros (PP) interferiu nas discussões e defendeu a retirada do projeto de reajuste para os servidores estaduais, índice zero de reposição e resposta à altura aos ataques da APP-Sindicato, com o desconto das faltas dos professores durante a greve. O posicionamento de Barros revoltou os parlamentares, que agora, em tom de ironia, cobram que a filha dele, a também deputada Maria Victoria (PP, foto), proponha oficialmente reajuste zero para o funcionalismo. “Só não sei se isso vai ser possível porque, mais uma vez, ela vai fugir da briga e viajar para o exterior”, alfinetou um colega de plenário. A parlamentar estará fora do país entre os dias 17 e 28 de junho.
Grampo oficial?
Pode vaiar. [Vaia] ou porque não sabe nada ou porque é um petista a serviço do PT nacional.
O debate que parece não ter fim sobre o projeto de reajuste salarial para o funcionalismo fez o presidente da Assembleia Legislativa, Ademar Traiano (PSDB), e o líder do governo, Luiz Claudio Romanelli (PMDB), cogitarem gravar as reuniões fechadas dos deputados. Os dois acusam a bancada de oposição de descumprir o acordo para votar a proposta sem emendas. A ameaça, porém, soa mais como bravata. Afinal, nenhum parlamentar quer correr o risco de que suas conversas reservadas vazem para o público.
Briga em imagens
Vice-líder do governo na Assembleia Legislativa, o deputado Elio Rusch (DEM) inovou na sessão desta terça-feira (16) e usou um vídeo em plenário para defender a gestão Beto Richa (PSDB). Nas imagens, a diretora da APP-Sindicato, Marlei Fernandes, menciona as “conquistas” dos professores no atual governo. Contrariados, parlamentares da oposição prometeram lançar mão do mesmo expediente para apresentar os problemas da administração Richa.
Pagamento retomado
Além do pagamento de fornecedores, o governo paranaense estava atrasando repasses para obras e serviços a prefeituras desde o fim de 2014. Nesta terça-feira (16), a pasta da Agricultura informou que retomou, no fim de maio, os pagamentos de programas relacionados à distribuição de calcário, melhoria de estradas rurais, produção de leite e gestão de solo e da água. O valor pago pela Agricultura foi de R$ 6,86 milhões a 94 municípios, o que quita pouco mais da metade do que está pendente.
Por quê?
Autor do projeto para celebrar o Dia da Ufologia, o vereador Toninho da Farmácia (PP) questionou a atenção dada a seu projeto. “O projeto não onera o poder público, não cria feriado e nem prejudica a cidade. Outros projetos apresentados por mim até com maior relevância não obtiveram tanta atenção, como foi o caso do que obriga a instalação de dispositivos antissucção em piscinas”, disse, segundo registro do site da Câmara de Curitiba.
Vão ter de devolver
O Tribunal de Contas do Paraná manteve a determinação de que três organizações da sociedade civil de interesse público (Oscips) envolvidas em contratos municipais irregulares devolvam R$ 11 milhões aos cofres públicos. As instituições tinham entrado com recursos, mas o TC negou todos eles.
Colaboraram: Euclides Lucas Garcia e Bruna Maestri Walter.
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