Os jornais americanos "The New York Times" e "The Washington Post", o espanhol "El País" e o argentino "La Nación" noticiaram hoje a espionagem praticada pelo Brasil contra diplomatas de outros países. Reportagem da Folha de S.Paulo revelou que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) monitorou funcionários da Rússia, do Irã e do Iraque entre 2003 e 2004.
As publicações americanas fazem a ressalva de que foram empregadas formas básicas de vigilância, e o "Times" classifica as operações como "modestas" em contraste com as atividades de espionagem praticada pelos EUA.
O jornal americano ainda conversou um dos alvos da espionagem brasileira, o Fernando Gianuca Sampaio, cônsul honorário da Rússia em Porto Alegre, que foi ouvido pela Folha. "Governos praticam espionagem, que surpresa", ironizou, acrescentando que já desconfiava que seu telefone era grampeado.Governo
O Planalto admitiu que praticou espionagem e caracterizou as atividades da Abin como "operações de contrainteligência", ou seja, tinham o objetivo de proteger segredos de interesse do Estado brasileiro. As ações, de acordo com Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, "obedeceram à legislação brasileira de proteção dos interesses nacionais".
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