O jornalista do "New York Times" Joe Sharkey estava a bordo do avião Legacy 600 que colidiu com o Boeing 737-800 da Gol nesta sexta-feira (29). O G1 conversou com a editora de internacional do jornal Andrea Kannatell e ela afirmou que Sharkey estava no Brasil para escrever sua coluna sobre viagem de negócios.
Sharkey mandou um email neste sábado (30) para a mulher dizendo que estava bem. Ela repassou a informação para o jornal.
Andrea disse também que o jornal está com contato limitado com Sharkey. Ela não soube informar a quem pertencia o avião. Segundo a asssessora de imprensa do jornal Diane McNulty havia sete pessoas no avião.
Busca por sobreviventes
A Infraero disse no final da manhã deste sábado (30), em entrevista coletiva em Brasília, que acha difícil haver sobreviventes do acidente com o avião da Gol que caiu ontem em Mato Grosso. A opinião foi dada pelo presidente da Infraero, tenente-brigadeiro José Carlos Pereira, com base na observação dos destroços encontrados esta manhã e na sua experiência como piloto.
De acordo com a Infraero, o avião caiu "embicado" na área indígena caiapó Capoto-Jarina, próxima ao Parque do Xingu, na divisa entre o Pará e Mato Grosso.
As equipes de resgate estão descendo de rapel no local onde se encontram os destroços e até o momento não detectaram movimentação de sobreviventes. Às 13h30 deste sábado, três militares já estavam no local da queda e começavam a abrir clareiras para o pouso de helicópteros da operação de resgate. As equipes improvisaram uma base na fazenda Jarinã, nas proximidades de onde o Boeing caiu.
No início da tarde de sábado, o G1 conversou com o médico João Bertinetti, que trabalha no Hospital de Matupá. Ele afirmou que não havia movimentação no hospital de chegada de sobreviventes ou de corpos de vítimas do acidente. No hospital de Peixoto de Azevedo, outra cidade da região, a situação era igual.
O Boeing 737-800 da Gol saiu de Manaus às 15h35 da tarde de sexta, com destino ao Rio de Janeiro e escala em Brasília, mas sumiu na região da Serra do Cachimbo, entre o sul do Pará e norte do Mato Grosso. O vôo 1907 levava 155 pessoas, entre tripulantes e passageiros.
Cem militares da FAB e mais 200 pessoas, entre civis e militares, estão na região da Serra do Cachimbo fazendo as buscas. Quando chegarem ao local onde estão os destroços, integrantes da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) especializados em segurança de vôo vão começar as investigações sobre as causas do acidente.
Se você conhece algum passageiro ou tripulante, mande seu relato