O vice-presidente da República, José Alencar, deverá ter alta do hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, até a próxima quinta-feira (15) segundo a expectativa do dr. Roberto Kalil Filho, que participou neste domingo (11) do procedimento de cateterismo e da colocação de um stent no vice-presidente. O stent é uma prótese metálica colocada no interior de artérias coronarianas obstruídas por placas de gordura, com o objetivo de normalizar o fluxo sanguíneo local.
Em entrevista a jornalistas há pouco, Kalil afirmou que os procedimentos realizados neste domingo não impedem que Alencar tenha vida normal após deixar o hospital onde está internado desde quarta-feira. De acordo com o médico, o estado de saúde do vice-presidente é estável e ele se mostra "bem animado".
Ele explicou que os exames realizados detectaram uma obstrução grave na artéria descendente anterior, "uma das principais artérias do coração". Respondendo sobre que tipo de risco Alencar corria se o procedimento não fosse realizado, o médico disse que ele poderia sofrer um enfarte. A equipe médica suspeitou da obstrução da artéria porque o vice-presidente apresentava desconforto e falta de ar, acrescentou. "Isso chamou a atenção para aprofundarmos a investigação", disse.
O médico comentou que Alencar deve sair da UTI entre amanhã e terça-feira, para ter alta até quinta-feira. Ele acrescentou que as medidas aplicadas hoje não interferem no tratamento que o vice-presidente faz contra o câncer.
Paulo Hoff, outro médico da equipe que acompanha o vice-presidente, afirmou que "o tratamento contra o câncer não muda. Ele disse a doença está "sob controle" e que a equipe médica está satisfeita com os resultados até agora. Perguntado sobre quantos tumores o vice-presidente tem, ele respondeu que é difícil dizer, mas afirmou que três tumores no abdômen estão sendo acompanhados com mais atenção.
Questionado se o vice-presidente poderia comer leitão a pururuca - vontade que Alencar teria manifestado, brincando, ao senador Romeu Tuma (PTB-SP), que o visitou hoje no hospital -, o dr. Kalil disse, também em tom de brincadeira, que não recomendava.
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