A hemorragia no abdômen do vice-presidente José Alencar, que segue internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, foi controlada com medicamentos no início da madrugada desta quinta-feira (23). Há a informação de que ele já respira sem a ajuda de aparelhos e não está mais sedado.

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A origem do sangramento ainda não foi determinada e o estado de saúde de Alencar é grave.

Segundo os médicos, Alencar passa pelo momento mais complicado do tratamento do câncer. A doença está avançada, mas não fora de controle. Ele foi internato na tarde desta quarta-feira (22) por causa da hemorragia intensa e, assim, chegou a perder dois litros de sangue.

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Quando chegou ao hospital, o vice-presidente foi levado à sala de cirurgia. A operação foi iniciada, mas os médicos não conseguiram estancar a hemorragia. Por este motivo, ele foi encaminhado a UTI para receber antibióticos, plasma, plaquetas (que atuam como anticoagulantes) e transfusão de sangue.

Está prevista nesta manhã uma visita do presidente Lula e da presidente eleita Dilma Rousseff. Eles saíram de Brasília por volta das 9h.

Luta contra o câncer

Alencar luta contra um câncer na região do abdome e já passou por mais de 15 cirurgias. Em julho de 2009, foi submetido a uma operação motivada por uma obstrução intestinal causada por tumores abdominais.

Em setembro deste ano, o vice-presidente foi internado no mesmo hospital em razão de um edema agudo de pulmão. Em julho, por causa de uma crise de hipertensão, ficou hospitalizado e passou por um cateterismo. Em novembro, durante outro período de internação, sofreu um infarto.

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Veja a íntegra do boletim médico:

"O vice-presidente da República, José Alencar, permanece internado na UTI do hospital Sírio Libanês para tratamento de hemorragia digestiva atribuída a tumor sangrante no intestino delgado. Durante a noite o paciente apresentou melhora do quadro com redução importante do sangramento; está acordado e deve permanecer na UTI para tratamento médico.

As equipes médicas que o acompanham são coordenadas pelos Profs. Drs. Paulo Hoff, Raul Cutait, Roberto Kalil Filho, Paulo Ayroza Galvão, Ademar Lopes, David Uip e Miguel Srougi."