O líder do PSDB, deputado José Aníbal (SP), foi reeleito nesta quarta-feira (4) para ocupar o cargo por mais um ano. Foram 36 votos a favor da recondução do tucano e um nulo. Outros 20 deputados da bancada tucana não apareceram para votar, em represália ao que chamaram de "golpe" dado por Aníbal. Os deputados dissidentes alegam que o estatuto do PSDB não permitia duas reeleições consecutivas e que as regras foram mudadas na véspera da eleição. "Mudar as regras 12 horas antes da eleição, é claro que é golpe", afirmou o deputado Vanderlei Macris (SP), um dos contrários à reeleição de Aníbal.
"Estamos constituindo um movimento de dissidência diante da ilegitimidade do processo de escolha do Zé Aníbal", avisou deputado Jutahy Magalhães Júnior (BA). "Só devemos conversar com o próximo líder em 2010. O nosso movimento é para caracterizar que uma parte da bancada não segue a orientação do líder", afirmou Magalhães. Os dissidentes estudam divulgar ainda hoje uma nota contra a recondução de José Aníbal ao cargo de líder.
Momentos após ser eleito líder, José Aníbal minimizou o racha na bancada da Câmara. "Ou o PSDB tem causas com que se preocupar ou se perde em firulas", disse o tucano, momentos após ser eleito. Ele observou ainda que será líder de "dois terços da bancada", uma vez que tem o apoio de 37 do total de 57 deputados da bancada. "É uma questão de tempo. Tudo vai se resolver. O ideal era que essa divisão não tivesse ocorrido, mas as magoas pessoais não podem interferir na causa maior, que é o fortalecimento do PSDB em 2010", disse a deputada Raquel Teixeira (GO).
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