Na noite de sexta-feira, o ator José de Abreu, declaradamente petista, deu uma cusparada no rosto de dois clientes de um restaurante paulistano na sexta-feira. O conflito começou quando Abreu foi reconhecido e teria sido provocado por um casal de frequentadores do local. O cliente se dirigiu ao ator e disse: “Vota no PT e vem comer no japonês!”. Abreu se levantou da sua mesa e, com um tom de voz alterado, discutiu com o homem, chamando-o de “coxinha”. Ele ainda começou a cantar o hino nacional para tentar abafar os protestos do adversário e chegou a pedir que um funcionário do restaurante chamasse a polícia, pois estava sendo incomodado.
Ao ser acusado pelo casal de se aproveitar da Lei Rouanet, José de Abreu se irritou e cuspiu no rosto do cliente e da mulher que o acompanhava. Nesse momento, o homem se levanta e parte para cima do ator, mas é contido por um funcionário do estabelecimento. Em seguida, Abreu sai do restaurante. O ator disse, durante a discussão, que jamais havia captado recursos pela Lei Rouanet, mas em entrevista de 2011 ao site Brasil 247, ele disse ter produzido duas peças com ajuda da lei de incentivo à cultura.
Em sua conta oficial no Twitter, o ator alegou que ele e sua esposa foram ofendidos por cerca de meia hora e defendeu a sua atitude com diversas mensagens, como “Adorei o entrevero com o coxinha. Fujão covarde levou uma cusparada na cara e a mulher levou outra. Fascistas são tratados assim” e “A mulher falou Rouanet e levou outra cusparada. Reagiram? Nada. Covardes devem ser tratados assim”. Em seguida, Abreu excluiu o perfil, atitude que já tomou em outras ocasiões após se envolver em polêmicas.
As cusparadas entraram no arsenal político durante a votação do impeachment de Dilma Rousseff na Câmara, quando o deputado Jean Wyllys (PSol-RJ) cuspiu em Jair Bolsonaro (PSC-RJ) e também usou as mídias sociais para defender sua atitude.
Investida da PF desarticula mobilização pela anistia, mas direita promete manter o debate
Como a PF costurou diferentes tramas para indiciar Bolsonaro
Como a PF construiu o relatório do indiciamento de Bolsonaro; ouça o podcast
Bolsonaro sobre demora para anúncio de cortes: “A próxima semana não chega nunca”