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Veja os políticos envolvidos com o escandalo do mensalão que disputam a eleição petista |
Veja os políticos envolvidos com o escandalo do mensalão que disputam a eleição petista| Foto:

Lula admite racha na base, mas ainda espera aliança com PMDB

Em entrevista concedida após votar na eleição interna do PT, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva admitiu um racha em sua base nos estados nas eleições de 2010. Mas, para ele, as divergências entre PT e PMDB não podem ser "impeditivas" para a campanha da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, pelo Palácio do Planalto em 2010.

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Vaccari dirige entidade suspeita

O sindicalista João Vaccari Neto será o tesoureiro do PT a partir de fevereiro, com a tarefa de comandar o caixa do partido nas eleições de 2010. Vaccari é presidente da Bancoop, cooperativa habitacional dos bancários investigada pelo Ministério Público de São Paulo sob suspeita de fazer doações ilegais para campanhas eleitorais do PT. Ex-dirigente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), ele faz parte do Conselho de Administração de Itaipu.

A tesouraria é uma área sensível do PT. Em 2005, o então tesoureiro Delúbio Soares foi um dos pivôs do escândalo do mensalão. O atual tesoureiro, Paulo Ferreira, não pode, pelo estatuto, permanecer no cargo. Além da investigação criminal em andamento sobre a Bancoop, a gestão de Vaccari na presidência da instituição é questionada em diversas ações cíveis movidas por pessoas que se dizem lesadas ao comprar imóveis da cooperativa.

Homem de confiança do atual presidente do PT, Ricardo Berzoini (PT-SP) – outro fundador e ex-presidente da Bancoop – Vaccari é segundo suplente do senador Aloizio Mercadante (PT-SP) e amigo pessoal do presidente Lula.

Fonte: Folhapress

Com o apoio de parcela expressiva do PT, o ex-ministro José Dirceu admitiu neste domingo que deve voltar a ocupar um cargo no comando do partido no ano que vem. Ontem, nomes importantes na sigla – como a ministra da Casa Civil e pré-candidata petista à Presidência, Dilma Rousseff, e a ex-prefeita Marta Suplicy – saíram em sua defesa e de outros envolvidos no escândalo do mensalão. Em Brasília, Dilma disse considerar "natural’’ que oito petistas acusados de participar do escândalo do mensalão integrem a chapa favorita para vencer as eleições internas do PT.

"O PT está procedendo da forma correta. Você não pode adotar uma prática que ocorreu muito no Brasil ao longo dos últimos anos, que era o contrário da conquista democrática do Ocidente.’’ Segundo ela, essa conquista é "provar que uma pessoa é culpada e não a pessoa provar que é inocente".

Bola pra frente

Em São Paulo, Marta defendeu a volta dos envolvidos no escândalo ao comando do partido: "São quadros que não foram julgados e que são importantes para o PT. O PT tem que parar de ficar ajoelhado no milho a vida inteira. O PT tomou as medidas e está aguardando a Justiça. Agora, tem é de jogar para a frente’’, disse ela.

Desde 2003, quando deixou a presidência da sigla para se tonar o primeiro chefe da Casa Civil do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Dirceu permanece fora da direção petista. Em 2005, teve de deixar o governo e voltou à Câmara, onde foi cassado por envolvimento no escândalo do mensalão – é um dos réus do processo do caso no Supremo Tribunal Federal.

Seu retorno à direção petista abrirá a porta para que outros quadros do partido envolvidos no escândalo da transferência irregular de recursos a parlamentares da base de Lula, em 2005, possam reassumir funções partidárias em 2010.

"Se eu vou integrar o Diretório Nacional do PT ou não, irei discutir quando chegar a hora, em fevereiro. Cargo na Executiva, acho que não é o caso’’, afirmou Dirceu, após ter votado em José Eduardo Dutra para presidente nacional do PT.

A intenção de Dutra é ter Dirceu na Executiva, uma instância acima do Diretório, mas ele reluta em aceitar o posto.

Apesar do potencial retorno de vários dirigentes petistas ligados ao episódio do mensalão, Dirceu destacou a importância da renovação de lideranças no partido. "Estou feliz pelo PT, renovar-se é a força do partido".

Dirceu relatou ainda estar feliz com a terceira geração de petistas que está atuando. Para ele, o momento é de fomentar a juventude. "Nós não temos resistência aos jovens, acho que é hora de incentivar a juventude pois a maioria dos líderes petistas tem 65 anos", pontuou.

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