José Rainha Júnior, um dos coordenadores do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), foi transferido nesta quinta-feira da cadeia de Vicente Venceslau para o Centro de Detenção Provisória de Caiuá, na região do Pontal do Paranapanema, interior de São Paulo. Rainha foi preso na terça-feira quando jantava num restaurante em Mirante do Paranapanema.
Ele é acusado de ter organizado uma invasão, há dois meses, à Fazenda Santa Cruz. O líder do MST não participou da ação, na qual os invasores mataram dois bois a tiros e causaram outros danos à propriedade do fazendeiro Kasuoshi Kurata.
Ao chegar algemado à cadeia em Vicente Venceslau, o principal coordenador do MST na região disse ser inocente e estar surpreso com a prisão.
- Não ocupei, não mandei. não fiz. É um motivo político. Espero que a Justiça me absolva, não cometi nenhum crime, não posso estar na cadeia - alegou.
O coordenador nacional do MST, João Paulo Rodrigues, afirmou que o movimento vai entrar na Justiça com pedido de liberdade provisória para Rainha.
- Todos sabemos que é um companheiro inocente. E o único crime que ele fez foi lutar pela terra e contra a desigualdade social - falou Rodrigues.
Esta é a terceira vez que Rainha é preso nos últimos três anos. Em 2002, ele ficou preso por ter sido detido com uma espingarda sem ter porte de arma. Em 2003, Rainha ficou preso quatro meses por ter sido condenado por furtos e danos durante a invasão da Fazenda Santa Maria, na cidade de Teodoro Sampaio.
Câmara aprova regulamentação de reforma tributária e rejeita parte das mudanças do Senado
Mesmo pagando emendas, governo deve aprovar só parte do pacote fiscal – e desidratado
Como o governo Lula conta com ajuda de Arthur Lira na reta final do ano
PF busca mais indícios contra Braga Netto para implicar Bolsonaro em suposto golpe