O ex-dirigente do Banco RuralJosé Roberto Salgado não teve participação nos empréstimos às empresas de Marcos Valério e nem ao PT, segundo argumentou nesta quarta-feira (8) o advogado Márcio Thomaz Bastos no Supremo Tribunal Federal (STF).
Salgado é acusado de participar do chamado núcleo financeiro do mensalão, viabilizando empréstimos fraudulentos para esconder a origem e o destino ilícito do dinheiro. Salgado responde pelos crimes de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta e evasão de divisas.
De acordo com Thomaz Bastos, na época dos três empréstimos, tomados em 2003, Salgado ocupava cargo na área internacional do banco e só passou a atuar diretamente no setor de concessão de créditos em 2004. Ele informou que a pessoa responsável pelas operações em 2003 era o então vice-presidente José Augusto Dumont, que morreu em um acidente de carro em 2004.
Thomaz Bastos disse que o único papel de seu cliente foi renegociar a dívida com as empresas de Valério, sem colocar dinheiro novo. O advogado informou que as dívidas do empresário ainda não foram pagas porque as agências de publicidade de Marcos Valério faliram assim que o mensalão veio à tona. A dívida de R$ 10 milhões do PT, segundo Thomaz Bastos, foi quitada, enquanto as dívidas de Valério estão sendo executadas na Justiça.
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