O ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB-SP) defendeu na noite desta segunda-feira (28) que seu partido adote a reforma política como parte do programa partidário. Serra falou sobre o tema em discurso de abertura do Congresso Estadual da sigla. Após seu pronunciamento de cerca de 30 minutos, Serra não quis responder a perguntas da imprensa sobre seu futuro político, alegando que ainda está "em fase de descanso e arrumação". "Tem tanta plantação e bobagem, que qualquer coisa que eu disser...", justificou o tucano, sem concluir. Serra, no entanto, disse que deve voltar ao cenário político "entre março e abril", deixando claro que não está marcando uma data.
De acordo o tucano, a reforma política vem sendo discutida mas não avançou nos últimos anos. "A reforma política tem sido objeto de muita fala. Falou-se muito e não se caminhou", disse Serra. Para ele, o PSDB deve adotar a bandeira do voto distrital que, em sua opinião, resolveria ao menos quatro problemas do atual sistema político brasileiros: O preço alto das eleições, falta de ligação entre eleitores e eleitos, representação regional e enfraquecimento dos partidos. "Não há democracia estável sem partidos fortes."
"Parte dos problemas podem ser resolvidos com o voto distrital. Os custos das campanhas iriam baixar entre 5 e 10 vezes. Haveria correspondência entre o voto e o controle (do eleitor sobre o eleito)", defendeu. Para Serra, a oposição à uma reforma política parte, em sua maiorias, daqueles que se elegeram com a atual regra. "Quem se opõe? É quem tem o mandato nessa regra atual".
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