O senador Romero Jucá (PMDB-RR) é hoje um líder à deriva. Alvo de críticas de senadores da base aliada e da oposição, o líder do governo no Senado enfrenta uma situação delicada em seu próprio partido - a ponto de alguns peemedebistas defenderem, em conversas reservadas, sua saída do cargo.

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Além disso, a propalada eficiência de Jucá na liderança vem sendo questionada pelos demais aliados: muitos alegam, agora, que ele negocia em excesso com a oposição.

A avaliação é que Jucá ficou em situação constrangedora depois que seu irmão Oscar Jucá Neto afirmou existir um conluio entre o PMDB e o PTB para controlar a estrutura do Ministério da Agricultura e, a partir daí, arrecadar dinheiro e favorecer aliados. Demitido de uma diretoria da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Oscar Neto causou desconforto a Jucá ao envolver em suas denúncias o ministro Wagner Rossi. Este foi indicado para a Agricultura pelo presidente do PMDB e vice-presidente Michel Temer. Jucá pediu desculpas à presidente pelas palavras do irmão.

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Aparentemente, o líder conseguiu contornar a situação e, por enquanto, não corre o risco de sair. "Ele foi bastante correto. É preciso separar ele da ação do irmão", defendeu o senador Wellington Dias (PT-PI). "O Jucá não está sob suspeita. Ele já passou por coisas piores", disse Cristovam Buarque (PDT-DF). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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