Um juiz federal de Brasília que ganha R$ 23.997 por mês sem trabalhar quer voltar ao batente. Marcelo Antonio Cesca usou o Facebook para mostrar sua insatisfação. O site G1 revelou algumas postagens do juiz federal substituto da 15ª Vara Federal do DF, em que ele aparece na praia acompanhado da namorada. Cesca está afastado do trabalho desde novembro de 2011, após sofrer um surto psicótico. Ele quer que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) analise seu caso para que possa voltar a trabalhar.
"Eu agradeço ao Conselho Nacional de Justiça por estar há 2 anos e 3 meses recebendo salário integral sem trabalhar, por ter 106 dias de férias mais 60 dias pra tirar a partir de 23/03/14, e por comemorar e bebemorar tudo isso numa quinta-feira à tarde ao lado de minha amada gata de 19 anos! Longa vida ao CNJ e à Loman (Lei Orgânica da Magistratura Nacional)", disse Cesca no Facebook, segundo o G1.
Em outra postagem destacada pelo G1, ele ironiza a situação: "não é fácil viver no Brasil". "Isso é um absurdo e me afeta por vários motivos. Primeiro, não posso legalmente exercer outra profissão. Segundo, sem trabalhar, minha saúde piora, porque afeta minha autoestima. Terceiro, não posso me promover na carreira. Quarto, falta juiz, sobram processos e eu aqui olhando para o teto", disse o juiz em entrevista ao G1.
Em nota, o CNJ informou que não tem procedimento pendente de análise envolvendo Cesca. "O afastamento do magistrado não decorreu de atuação deste Conselho, mas sim de decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), em processo que avalia a sua higidez laboral. Diante das matérias divulgadas pela imprensa, o corregedor nacional de Justiça, ministro Francisco Falcão, oficiou, nesta segunda-feira (17/2), o presidente do TRF1 para que se manifeste, com urgência, no prazo de 24 horas, sobre as conclusões Procedimento Administrativo 8.132/2011, que trata do assunto, e indique a data de sua inclusão na pauta de julgamentos", comunicou o CNJ.
O juiz também enfrenta problemas na Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe). Depois do afastamento do trabalho, ele chegou a se desfiliar da Ajufe, mas se filiou novamente. Atualmente, ele enfrenta um processo disciplinar na associação, que ainda está na fase da apresentação da defesa. O processo pode resultar na sua expulsão.
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