O juiz Sérgio Moro ameaçou em despacho desta terça-feira (26) mandar prender novamente o empreiteiro Mateus Coutinho de Sá Oliveira, diretor financeiro da OAS, que teria deixado descarregar completamente a bateria da sua tornozeleira eletrônica, “gerando violação grave”.
A Justiça do Paraná, que o monitora, não teria conseguido contatá-lo “imediatamente por meio dos telefones por ele indicados”. O empreiteiro cumpre prisão domiciliar em sua casa em São Paulo, mas só pode deixar a residência com autorização da Justiça e com o uso da tornozeleira.
A defesa do empreiteiro disse que a perda da bateria aconteceu “por problemas técnicos involuntários” no retorno à cidade de São Paulo, onde mora, e que foram solucionados assim que o acusado chegou à sua residência, quando aconteceu o carregamento da bateria da tornozeleira.
“A violação não mais será tolerada”, disse o juiz. “Se durante novo deslocamento for necessário o carregamento da bateria, assim está obrigado a proceder o acusado, sob pena de serem tomadas as medidas cabíveis, dentre as quais o restabelecimento da prisão preventiva”, ameaçou Moro.
Para o juiz, “o acusado foi pessoalmente alertado, no momento da colocação da tornozeleira, que o descarregamento da bateria implicaria violação grave”.
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