O juiz federal Sérgio Moro decidiu nesta terça-feira colocar em liberdade Leon Vargas, irmão do ex-deputado André Vargas, Elia Santos da Hora, secretária do ex-deputado Luis Argôlo (Solidariedade), e Ivan Vernon Gomes Torres Junior, ex-assessor do ex-deputado Pedro Corrêa (PP), acusados de corrupção na Operação Lava Jato. O Ministério Público Federal (MPF) havia pedido que a prisão temporária de Leon fosse transformada em preventiva, mas o juiz Moro não entendeu assim e mandou libertá-lo. Já quanto a Elia e Ivan, o MPF não pediu nem a prorrogação das prisões e nem a decretação de prisão preventiva, levando o juiz a decidir pela soltura de ambos. Leon, Elia e Ivan foram presos na última sexta-feira e responderão por corrupção, fraude em procedimento licitatório, lavagem de dinheiro, uso de documento falso e tráfico de influência. Eles ficaram presos cinco dias, dentro do prazo das prisões temporárias decretadas na semana passada.
Ao soltar os três, o juiz determinou a imposição de medidas cautelares que eles precisarão cumprir. Entre elas está o fato de não poderem mudar de endereço sem comunicar a Justiça, comparecerem a todos os atos do processo e estão proibidos de deixaram o país sem autorização judicial. Leon tem cinco dias para entregar seu passaporte. Eles deverão ser soltos ainda nesta terça e continuarão a responder aos processos em liberdade.
O juiz decidiu também acatar o pedido do MPF quanto ao publicitário Ricardo Hoffmann. ex-diretor da agência BorghiLowe, em Brasília, transformando sua prisão temporária de cinco dias em prisão preventiva (por tempo indeterminado). Para os procuradores da República, Hoffmann “é proprietário da empresa BH Serviços de Comunicação de Brasília, o que certamente lhe permite a continuidade da atividade delitiva por meio da pessoa jurídica, independente de estar ainda atuando formalmente na BorghiLowe. A segregação de Ricardo Hoffmann é imprescindível”, diz o pedido do MPF, cujo argumento foi aceito pelo juiz Sérgio Moro.
Já os ex-deputados André Vargas, Luis Argôlo e Pedro Corrêa devem seguir presos preventivamente, pois o MPF não pediu que sejam soltos e nem o juiz decidiu em contrário.