O juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal do Paraná, decidiu nesta terça-feira (18) prorrogar por mais 15 dias o prazo para a Polícia Federal (PF) concluir o inquérito policial contra o ex-ministro José Dirceu, seu irmão Luiz Eduardo de Oliveira e Silva e a empresa JD Assessoria e Consultoria Ltda. O prazo para a conclusão do inquérito venceu na segunda-feira (17), mas a PF pediu mais tempo para terminar as investigações alegando acumulo de trabalho e a “imprescindibilidade de conclusão dos exames periciais” e dos relatórios de análise da documentação apreendida no dia em que o Dirceu foi preso, no último dia 3 de agosto.
No despacho em que decidiu prorrogar a conclusão do inquérito, Moro diz que já há provas do envolvimento dos investigados na prática dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.
“Apesar das provas já referidas na decisão em questão, apontando provas de materialidade de crimes e indícios de autoria em relação ao investigado, afigura-se salutar conceder mais tempo à Polícia Federal para melhor análise do material apreendido”, diz o juiz.
O magistrado concorda com a PF de que o caso “reveste-se de certa complexidade”, pois “foram cumpridos, ainda, por ordem deste juízo, e a pedido da PF e do MPF, dezenas de mandados de busca e apreensão no dia 3 de agosto. Razoável, então, não ter havido tempo hábil para a análise de todo material apreendido, conforme noticia a autoridade policial, sendo salutar a concessão do prazo adicional previsto em lei para a finalização da investigação”, justifica Moro em seu despacho.
O juiz, contudo, alerta que “não haverá nova prorrogação e é desejável que não seja utilizado todo o prazo (de mais 15 dias)”.
José Dirceu está preso na carceragem da Polícia Federal de Curitiba e seu irmão, Luiz Eduardo, foi posto em liberdade no último dia 12.
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