São Paulo (Folhapress) O ex-prefeito Paulo Maluf, preso na sede da Polícia Federal de São Paulo desde o dia 10 de setembro, será examinado por médicos particulares dentro da prisão. Os advogados desistiram de pedir a transferência dele para um hospital privado.
Originalmente, a defesa queria que Maluf fosse internado no hospital Sírio-Libanês, onde seria submetido a exame de endoscopia gástrica e coloscopia (intestino grosso). A juíza federal Raecler Baldresca, responsável pela custódia da PF, no entanto, informou que só autorizaria a transferência para um hospital penitenciário do estado hipótese que não foi aceita pelos advogados.
Ontem, a defesa disse que o ex-prefeito apresentou melhoras e pediu para que o exame médico fosse realizado na sede da PF. Há cerca de uma semana, o ex-prefeito tem reclamado de fortes dores gástricas.
O exame será feito pelo gastroenterologista Sérgio Carlos Nahas, que já cuida da saúde de Paulo Maluf.
Nahas foi à cela de Maluf na noite da última quinta-feira e forneceu novos medicamentos para tentar controlar as dores. Os advogados querem que o exame seja feito ainda hoje.
Testemunhas
Começa hoje a fase de depoimentos das testemunhas de acusação contra Paulo Maluf e seu filho Flávio, presos juntos em uma cela de aproximadamente 12 metros quadrados.
Os dois respondem a processo sob acusação de lavagem de dinheiro, evasão de divisas, formação de quadrilha e corrupção a soma das penas mínimas é de oito anos de prisão.
A juíza Sílvia Maria Rocha, da 2.ª Vara Federal, deve ouvir hoje cinco pessoas arroladas pelo Ministério Público Federal.
As testemunhas de Flávio e de Maluf também deverão ser ouvidas em breve.
Cada um arrolou oito testemunhas máximo permitido por lei.
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