São Paulo (Folhapress) A juíza federal Paula Mantovani Avelino, da 10.ª Vara Criminal Federal de São Paulo, concedeu ontem o pedido de liberdade provisória ao assessor José Adalberto Vieira da Silva, que foi detido na sexta-feira passada com R$ 200 mil numa valise de mão e US$ 100 mil atados ao corpo. No despacho, a juíza solicita a expedição de um alvará de soltura com urgência. Vieira da Silva foi identificado como assessor de José Nobre Guimarães, deputado estadual líder do PT na Assembléia Legislativa do Ceará e irmão do presidente nacional do PT, José Genoíno.
Mais tarde, ele foi exonerado, e o irmão de Genoíno pediu afastamento da liderança. Nobre Guimarães afirmou ontem que o destino do dinheiro apreendido com o então assessor era a abertura de uma locadora de veículos em Fortaleza.
"Isso comprova que eu não tenho nada a ver com esse caso, nem o Partido dos Trabalhadores e muito menos o ex-presidente nacional do partido (José Genoíno)", disse ele, em entrevista ao Jornal Nacional, da Rede Globo.
A empresa de locação de carros de Adalberto seria aberta em sociedade com outro assessor de Guimarães, José Vicente Ferreira, que confirmou ter fornecido o cheque que pagou a passagem dele de Fortaleza a São Paulo, um dia antes da prisão, que aconteceu na sexta-feira.