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O julgamento de Carla Cepollina, acusada pelo assassinato do coronel Ubiratan Guimarães, conhecido pelo massacre do Carandiru, pode demorar até quatro anos. Ela será julgada pelo mesmo juiz que julgou Suzane Von Richthofen e os irmãos Daniel e Cristian Cravinhos, Alberto Anderson Filho.

A denúncia contra a advogada deve chegar ao 1º Tribunal do Júri de São Paulo até o fim deste mês. Anderson Filho disse ao jornal 'Diário de S.Paulo' que a Justiça deve acolher a denúncia do promotor público, Luiz Fernando Vanggione.

- O doutor Vanggione é um profissional extremamente cuidadoso, caprichoso e experiente. Claro que, a princípio, ele não iria oferecer uma denúncia temerária. Questão de falha técnica, eu não vislumbro nenhuma possibilidade por parte dele. Mas a análise final vai ser feita por mim - avisou o juiz,

Depois que receber a denúncia e abrir o processo, o primeiro passo da Justiça será ouvir Carla, na condição de ré, testemunhas e acusação.

Ao final da primeira fase, a Justiça vai definir se a ré é pronunciada. Isso quer dizer que a acusada pode ser julgada por júri popular. Nesse processo, a acusada pode ainda utilizar de recursos permitidos pela Justiça.

- Aí é que a coisa entrava. Depois da pronúncia, até que é rápido. Em quatro meses podemos já ter uma definição. Mas, depois, decidir se vai ou não a julgamento é que pode demorar - afirma o juiz Richard Francisco Chequini, que também acompanha o caso.

O coronel Ubiratan Guimarães foi morto em 9 de setembro, em seu apartamento com um tiro na barriga. O caso está sob segredo de Justiça. O juiz-presidente do Tribunal do Júri não quis antecipar sua decisão porque ainda não recebeu formalmente a denúncia do MP.

Já o juiz Richard Francisco Chequini, que também acompanha o caso, acredita que assim que o MP oferecer a denúncia, a Justiça deve anunciar a sua posição.

- É uma decisão relativamente simples. Em 24 horas já pode ser anunciada. Se tiver indício suficiente, a Justiça recebe. Só não vai receber quando o inquérito não apurou nada - explicou.

Sobre o fato da polícia não ter encontrado nenhuma prova cabal contra Carla (nenhuma pessoa também acusou a advogada formalmente), o juiz Richard Chequini declarou:

- Para mandar alguém ao júri, você não precisa de uma confissão ou fotografia da pessoa matando. Pra mandar alguém ao júri, você precisa de indícios de autoria - explicou.

Leia mais: O Globo Online

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