Atualizado em 08/11/2006, às 19h03
O Conselho de Ética do Senado adiou mais uma vez a votação do relatório que pede a cassação do mandato do senador Ney Suassuna (PMDB-PB), acusado de receber dinheiro da máfia dos sanguessugas. Havia apenas cinco membros do Conselho na sessão, e o quorum mínimo para votação é de oito senadores. O relator do processo disciplinar contra o senador Ney Suassuna (PMDB-PB), senador Jefferson Péres (PDT-AM), e o presidente do Conselho de Ética do senado, João Alberto Souza (PMDB-MA) - Agência Senado Nova sessão foi marcada para o dia 22. Caso não seja votada nesta data, dificilmente haverá prazo suficiente para a matéria ser levada ao plenário da Casa antes do fim do mandato de Suassuana, que não foi reeleito e escaparia assim da perda dos direitos políticos.
O relator do processo, senador Jefferson Peres (PDT-AM) disse acreditar na possibilidade de que esteja em curso um acordo para evitar a cassação do peemedebista.
" O que me parece é que houve um acordão mesmo "
- O que me parece é que houve um acordão mesmo. Não tem outra explicação - disse Peres a jornalistas. - Espero que no dia 22 efetivamente a gente vote o parecer porque medidas protelatórias prejudicam a imagem do Senado - completou.
Suassuna foi acusado no relatório do pedetista de ter sido "condescendente'' com atos criminosos que teriam sido praticados por seu ex-assessor Marcelo de Carvalho, acusado de envolvimento na máfia das ambulâncias - o que foi negado pelo ex-líder em sua defesa.
O presidente do Conselho, senador João Alberto Souza (PMDB-MA), disse não acreditar que os senadores estejam fazendo manobras para salvar Suassuna de uma possível perda de direitos políticos caso sua cassação seja aprovada no Senado.
-Não sei de acordo nenhum. O que sei é que não houve quorum - afirmou.
Também ficou para o dia 22 a votação do relatório do processo aberto contra a senadora petista Serys Shlessarenko (MT), também acusada de envolvimento com a máfia.Processos podem ser arquivados na Câmara
O presidente do Conselho de Ética da Câmara, deputado Ricardo Izar (PTB-SP), pretende se encontrar nesta quarta-feira com relatores para discutir o encaminhamento de alguns processos abertos no colegiado contra 67 deputados acusados de envolvimento no esquema de compra irregular de ambulâncias com recursos do Orçamento. Para Izar, o depoimento do empresário Luiz Antônio Vedoin nesta terça-feira inocentou alguns parlamentares:
- Ele provou que havia pagamento de propinas e também a existência de injustiças - afirmou.
Segundo ele, Vedoin inocentou os deputados Wellington Fagundes (PL-MT), Wellinton Roberto (PL-PB), Pedro Henri (PP-MT) e Laura Carneiro (PFL-RJ). Desses, apenas a última não se reelegeu. Izar disse que pretende conversar com os relatores sobre a possibilidade de arquivamento ou continuidade dos processos contra esses quatro deputados.
Os processo que não forem concluídos até o final do ano contra os parlamentares que não se reelegeram deverão ser encaminhados ao Ministério Público, afirmou Izar. Dos 67 parlamentares acusados, apenas cinco se reelegeram.
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