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O destino da vereadora Ana Maria Branco de Holleben (PT), acusada de forjar o próprio sequestro no dia 1ªº de janeiro, foi adiado pela Câmara de Vereadores de Ponta Grossa. A expectativa era de que o relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), instaurada para investigar a conduta da parlamentar, fosse lido na sessão ordinária desta quarta-feira (22), o que não aconteceu. Os parlamentares também sugeriram a abertura de uma Comissão Parlamentar Processante (CPP). A votação deve acontecer numa sessão extraordinária na segunda-feira (27), com a presença de seis suplentes.

O motivo da suspensão foi a existência do Decreto Lei 201/67, que impede os membros da CPI de participarem da votação. Como Ana Maria também não vota, o presidente da Casa, Aliel Machado (PC do B) convocou os suplentes dos vereadores envolvidos na comissão.

Na sessão extraordinária, depois da leitura, os vereadores precisam aprovar o relatório. Num segundo momento, os parlamentares ouvem a denúncia montada pela CPI e decidem pela abertura ou não da Comissão Processante. "Fizemos nosso trabalho de forma séria e rápida. Agora cabe ao Legislativo decidir pela CPP", defende um dos membros da CPI, Antonio Laroca (PDT).

Os parlamentares divergiram sobre o impedimento de participar das votações sobre o futuro de Ana Maria. Usando a plenária, Pietro Arnauld (PTB), se disse surpreso, mas satisfeito com a decisão da Casa. Já o líder do governo, George Oliveira (PMN) não gostou da decisão. "Não vejo porque não votar. Não acho justo convocar suplente para fazer o meu trabalho", frisou.

A Comissão que investigou a conduta da vereadora acusada de autossequestro durou 90 dias. O relatório final, com 52 páginas, foi protocolado na última segunda-feira (20).

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