A sugestão do relator do mensalão, o ministro Joaquim Barbosa, de fazer sessão extra no Supremo Tribunal Federal (STF) para julgar a ação foi bem recebida pelos ministros. O processo começou a ser julgado em 2 de agosto e desde então já foram realizadas 21 sessões, mas o julgamento ainda está longe de acabar: dos sete capítulos que compõem a denúncia, o STF ainda está analisando o terceiro. O tribunal está realizando três sessões por semana.
"Não tenho objeção nenhuma. Eu acho que quanto mais rápido o tribunal entrar no ritmo de normalidade, melhor, porque assim poderemos julgar os processos que estão em pauta", disse o revisor do processo, Ricardo Lewandowski. "Se os colegas estiverem de acordo, eu concordo em termos também as manhãs das quartas-feiras destinadas ao mensalão. Assim o encerraremos com um veredicto final num tempo mais curto", afirmou o ministro Marco Aurélio Mello.
Na segunda-feira, o presidente do STF, Ayres Britto, disse que era simpático à realização de sessão extra. Pelo menos mais um ministro também já demonstrou ser favorável a mais sessões para julgar o mensalão. Já a ministra Cármen Lúcia preferiu não opinar. "Sou mineira. Não sou contra ou a favor de nada", desconversou.
Novo ministro
Lewandoswki preferiu não comentar ontem sobre a possível participação do ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Teori Zavascki (indicado pela presidente Dilma Rousseff para o STF) no julgamento. "Depende da sabatina no Senado", disse.
Zavascki esteve ontem no Senado para tratar da sabatina a que se submeterá como substituto de Cezar Peluso. Ele disse que no STJ é comum um ministro participar de um julgamento em andamento. "Temos muitos casos em que, em tese, é possível, mas não conheço do regimento do Supremo."
A decisão sobre a participação de Zavascki no julgamento do mensalão vai depender de um acordo na Câmara dos Deputados para votar a Medida Provisória do Código Florestal. Se a MP for aprovada no dia 18, o Senado deverá ser convocado para um período de esforço concentrado com a finalidade de votar a proposta. Caso contrário, o Senado só retomará suas atividades em 16 de outubro, adiando a sabatina em mais de um mês.
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