O vice-presidente da CPI dos Sanguessugas, deputado Raul Jungmann (PPS-PE), informou nesta sexta-feira que a decisão sobre a notificação ou não de mais quatro deputados citados no relatório divulgado na última quarta-feira pela Controladoria-Geral da União (CGU) só será tomada na próxima semana. Segundo Jungmann, o presidente da CPI, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), dará a palavra final, mas o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), sub-relator da comissão, discorda da notificação dos quatro parlamentares. Para Jungmann, esse episódio demonstra que a disputa política chegou à comissão.
- Sem sombra de dúvida, atrapalha, mas ela é natural e absolutamente previsível e incontornável. Não há muito o que fazer com relação a isso - avaliou.
A nova lista inclui entre os supeitos os deputados João Almeida(PSDB-BA), Aroldo Cedraz (PFL-BA), Arolde de Oliveira (PFL-RJ) e Márcio Reinaldo Moreira (PP-MG). De acordo com o ministro da CGU, Mauro Hage, esse novo levantamento é de natureza estatística, e não investigativa
Jungmann rebateu informações divulgadas pela imprensa de que haveria provas contra apenas 30 dos 90 parlamentares notificados. Ele avalia que há provas materiais contra 80% dos investigados. Até agora, 90 congressistas já foram notificados - 87 deputados e três senadores.
Segundo o parlamentar, o mais importante é apresentar resultados à sociedade, encaminhando ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar os pedidos de abertura de processo contra os acusados de apresentar emendas ao orçamento da União para a compra de ambulâncias superfaturadas.
- O que vai valer é o resultado ao qual a gente possa chegar. Mas a unidade essencial da CPI está mantida, e acho que está assegurada até o seu fim - destacou.
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