Os jurados que condenaram Suzane von Richthofen e os irmãos Cristian e Daniel Cravinhos eram muito conscientes e sabiam o que estavam fazendo, afirmou o juiz Alberto Anderson Filho, que presidiu o julgamento dos três, nesta terça-feira. Segundo ele, todas as questões avaliadas pelos jurados, e que levariam à condenação ou à absolvição, foram bem explicadas antes da votação. O advogado de Suzane Mauro Nacif, no entanto, deve alegar que os jurados não entenderam bem uma pergunta e que, por isso, Suzane deve ser absolvida da morte do pai, Manfred von Richthofen.
- O advogado tem direito a recorrer. Ele terá que argumentar muito bem e convencer os desembargadores (do Tribunal de Justiça de São Paulo) da tese dele. É esperar para ver se essa tese pega ou não pega - diz Anderson Filho.
Os jurados aceitaram a tese da defesa de que Suzane agia sob domínio de Daniel, seu namorado na época, mas, para eles, a jovem poderia ter resistido e evitado a morte dos pais. Suzane foi condenada a 39 anos e seis meses de prisão pelas mortes de Manfred e da mãe, Marísia. Se a defesa conseguir absolver Suzane da morte do pai, a pena será reduzida em 19 anos.
- Trata-se de um caso complicado e a tese do doutor Nacif é bastante polêmica. Para mim, os dois eram apaixonados e faziam de tudo para ficar juntos. Era um envolvimento forte e levava os dois a abrir mão de inúmeras coisas. Mas, da dominação para matar o pai e a mãe, há uma distância bem grande - afirma o juiz.
Ele afirma que as perguntas foram exaustivamente explicadas aos jurados.
- Eles (jurados) sabiam exatamente a conseqüência do voto, se absolveria ou condenaria Suzane e os irmãos - diz o juiz.
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