Dados do Banco Central ainda não divulgados indicam que os juros cobrados em empréstimos pessoais está caindo, em média, dois pontos percentuais até o momento, neste mês. O número foi adiantado nesta terça-feira pelo chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes.
No entanto, nos dados de julho, também divulgados nesta terça, não houve queda. Nos empréstimos com pessoas físicas, em julho, os encargos médios atingiram 64,5% ao ano, com redução de apenas 0,2 pontos percentuais em relação aos encargos cobrados em junho.
Mas, neste mês, a taxa média caiu para 62,4%, adiantou, por causa da redução do spread (diferença entre as taxas bancárias de captação e de empréstimo) também de 2 pontos em média.
Para Lopes, a expectativa de início do processo de redução da taxa básica de juros (Selic), a partir do mês que vem, já começa a fazer efeito na rede bancária e se faz sentir na cobrança de juros menores na contratação de empréstimos neste mês de agosto.
Em julho, os bancos mantiveram a mesma taxa de 148% ao ano para os cheques especiais e de 36,8% para os empréstimos vinculados ao salário, mas aumentaram de 76,2% para 76,6% os juros do crédito pessoal e de 54,1% para 54,7% os juros para aquisição de eletroeletrônicos em geral. A única queda, de 36,9% para 36,1%, foi nos empréstimos para compra de veículos.
As empresas pagaram taxa média de 48,8% nas operações de crédito com recurso livre. Queda também de 0,2 pontos percentuais em relação à média apurada em junho. A taxa de inadimplência nas operações com pessoas físicas caiu de 12,4% para 12% em julho, enquanto nas operações com empresas subiu de 3,4% para 3,5%. Enquanto isso, os bancos reduziram o spread das operações empresariais, de 13,6% para 13,4%, e mantiveram os mesmos 46,3% cobrados nas operações com pessoas físicas.
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