• Carregando...

O juiz da 2ª vara de Fazenda Pública do Distrito Federal, Álvaro Ciarlini, concedeu nesta sexta-feira (14), liminar determinando que a deputada distrital Eurides Britto (PMDB) seja afastada do cargo. A decisão vale até o fim da apuração do inquérito que investiga o suposto esquema de pagamento de propina no governo do Distrito Federal (DF), conhecido como mensalão do DEM.

Eurides Britto pode recorrer da decisão, pedindo a suspensão da liminar. A assessoria da deputada informou ao G1 que ela não vai ser pronunciar até ser notificada da decisão. A deputada é suspeita de envolvimento no esquema e ficou conhecida por aparecer em vídeos do escândalo supostamente guardando maços de dinheiro na bolsa. Eurides alega que o dinheiro era relativo ao pagamento da campanha eleitoral de 2006.

Em sua decisão, o juiz acatou pedido foi Ministério Público do DF e tomou como base a lei de improbidade administrativa. De acordo com ele, a medida é necessária para garantir o bom andamento do processo das investigações. A deputada vai continuar recebendo salário enquanto estiver fora das atividades parlamentares. Ainda segundo juiz, os indícios de atos ilícitos foram amplamente divulgados e são de domínio público.

"Ainda há a imagem insistentemente divulgada monstrando a requerida guardando em sua bolsa considerável soma em dinheiro", citou Ciarlini.

Ciarlini classifica ainda o mensalão do DEM como "grande e sórdido esquema de corrupção". "Ao que parece o DF foi dominado por uma grande e complexa rede criminosa que perpetrou uma séria de graves delitos que necessitam de apuração e punição exemplar", ressalta o juiz.

No último dia 30 de abril, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios determinou o bloqueio dos bens da deputada distrital, também a pedido do Ministério Público.

Inquérito

O inquérito que apura as denúncias de corrupção do mensalão do DEM levou à prisão e afastamento do então governador José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM) por tentativa de suborno de uma testemunha do caso, em fevereiro. Durante a prisão, Arruda teve o mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do DF por infidelidade partidária, deixando vago o cargo. Ele foi solto pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) no dia 12 de abril, após permanecer dois meses preso.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]