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O vereador Joel Garcia: suposta contratação de funcionária fantasma | Roberto Custódio/Jornal de Londrina
O vereador Joel Garcia: suposta contratação de funcionária fantasma| Foto: Roberto Custódio/Jornal de Londrina

O juiz da 3.ª Vara Cível de Londrina, Rafael Vieira de Vasconcellos Pedroso, acatou um pedido do Ministério Público (MP), apresentado na semana passada, e afastou do cargo o vereador Joel Garcia (PDT). O afastamento está relacionado com as investigações da suposta contratação pelo vereador de uma funcionária fantasma.

No início das investigações, o MP pediu o afastamento de Garcia, o que foi negado pelo juiz. O raciocínio era que, como estava preso, o vereador não poderia interferir nos depoimentos. Agora que Garcia está livre, o juiz decidiu pelo afastamento, o segundo dele. O primeiro, decretado pela 7.ª Vara Cível em 23 de dezembro, foi revogado pelo Tribunal de Justiça em 15 de janeiro.

A reportagem tentou com a 3.ª Vara ter acesso a uma cópia da decisão do juiz, mas uma funcionária informou que o documento não poderia ser divulgado, pois o caso corre em segredo de Justiça.

O vereador Joel Garcia não foi encontrado para comentar o assunto. O seu advogado, Maurício Carneiro, informou que ainda não foi notificado oficialmente sobre o afastamento. Ele adiantou, porém, que recorrerá da decisão e apresentará um agravo de instrumento no Tribunal de Justiça, em Curitiba.

O caso

Joel Garcia foi preso no dia 29 de janeiro pelo Grupo de Atua­­ção ao Crime Organizado (Gaeco), acusado de interferir na coleta de provas da investigação na qual é suspeito de man­­ter uma funcionária fantasma em seu gabinete. O vereador coleciona três ações criminais e duas cíveis.

Ele foi denunciado por tentar favorecer a empresa da família na licitação da merenda escolar e conseguir emprego no Procon para uma estagiária que havia sido sua cabo eleitoral. Foram abertas uma ação criminal e uma cível para cada um desses casos, nas quais Garcia é acusado de concussão. A outra ação criminal é pela denúncia de manter uma assessora fantasma em seu gabinete. Neste caso, o vereador é acusado de peculato.

O Ministério Público (MP) Eleitoral e a Polícia Federal (PF) também investigam a denúncia de que o vereador teria comprado votos na eleição do ano passado.

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