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O vereador é acusado de ser sócio oculto de uma empresa de monitoramento de segurança que tem contrato com a prefeitura. | /
O vereador é acusado de ser sócio oculto de uma empresa de monitoramento de segurança que tem contrato com a prefeitura.| Foto: /

A Vara Criminal de Prudentópolis, na região centro-sul do Paraná, determinou a suspensão do presidente da Câmara Municipal da cidade, Julio Cesar Makuch (PSD). O vereador é acusado de ser sócio oculto de uma empresa de monitoramento de segurança que tem contrato com a prefeitura.

A decisão pela suspensão das funções públicas do vereador foi motivada por uma tentativa de se utilizar do cargo para obter uma vantagem indevida. Makuch propôs que, se houvesse renovação do contrato superfaturado com a prefeitura, ele seria um parceiro do prefeito na Câmara. O superfaturamento do contrato é de aproximadamente R$ 370 mil. O nome do vereador não consta no contrato social da empresa, por isso ele é considerado sócio oculto.

Na investigação, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). comprovou a inexecução do serviço prometido pela empresa, segundo o promotor V itor Hugo Honesko. “A partir da análise dos documentos, percebemos que o contrato com a empresa de monitoramento tinha valores muito fora do mercado”, explica. Segundo ele, os policiais foram até Prudentópolis, percorreram todos os pontos de alarme e verificaram que a maioria deles não correspondia ao que foi contratado.

Na manhã desta quinta-feira (23), o Gaeco cumpriu seis mandatos de busca e apreensão na casa do vereador, de outras pessoas envolvidas na investigação e na prefeitura. Procurado pela reportagem, o vereador apenas informou, pela assessoria, que não tem nada a declarar. A mesa executiva da Câmara Municipal está reunida e deve emitir ainda hoje uma nota de esclarecimento sobre o caso.

Operação

Makuch é investigado na segunda fase da Operação Caçamba, que em fevereiro deste ano resultou na prisão do então prefeito da cidade, Gilvan Agibert, e de um empresário, por corrupção ativa e passiva. Na época, Agibert foi flagrado pelo Gaeco com R$ 20 mil, propina recebida de uma empresa de coleta de lixo.

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