Relator diz que PT protege Vargas em processo
O relator do processo por quebra de decoro parlamentar contra o deputado André Vargas (sem partido-PR) no Conselho de Ética da Câmara, deputado Júlio Delgado (PSB-MG), disse que o não comparecimento das testemunhas do PT na oitiva da manhã desta quarta-feira demonstra o interesse da sigla em proteger o ex-petista
Obras em refinaria no Paraná podem estar em esquema da Lava Jato
O Ministério Público Federal (MPF) suspeita de que as obras da Petrobras na Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária (Região Metropolitana de Curitiba), tenham sido alvo do mesmo esquema investigado na Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco
A Justiça autorizou que o doleiro Alberto Youssef, preso em Curitiba sob suspeita de comandar um esquema de lavagem de dinheiro que teria movimentado até R$ 200 milhões, use tecnologia de videoconferência para depor ao Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, que investiga possível participação do deputado federal André Vargas (sem partido/PR) no esquema. O depoimento está marcado para 1º de julho, às 10h.
A informação do depoimento a distância de Youssef foi divulgada nesta quarta-feira (18) pelo relator do processo, deputado Júlio Delgado (PSB-MG), durante reunião ordinária do Conselho de Ética. O órgão pretendia começar a ouvir hoje as testemunhas arroladas do processo, mas nenhuma delas compareceu à sessão.
Delgado diz que a autorização foi concedida pelo juiz federal Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, que recebeu do Conselho outra opção, além da videoconferência: um depoimento feito em Curitiba, onde Youssef está detido. Moro, porém, preferiu a primeira alternativa.
Como nenhuma testemunha compareceu à sessão, o relator informou que novos convites serão feitos, para que os depoimentos sejam remarcados. A comissão pretende ouvir o deputado Cândido Vacarezza (PT-SP); o líder do PT na Câmara, Vicentinho (SP); o presidente do partido, Rui Falcão; Leonardo Meireles e Esdras Ferreira, donos do Labogen, além do doleiro Alberto Youssef.
Também foram convidados para depor Bernardo Tosto, dono do jatinho usado por Vargas, e o o secretário de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde, Carlos Gadelha - mas ambas já haviam informado que não compareceriam.
Conselho investiga relação de deputado e doleiro
O processo contra André Vargas no Conselho de Ética da Câmara foi aberto após investigações da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, apontarem ligações do deputado com o doleiro Alberto Youssef. Vargas usou um avião fretado por Youssef para uma viagem a João Pessoa com a família. O empréstimo da aeronave foi discutido entre os dois por mensagem de texto no início de janeiro. Na ocasião, o parlamentar explicou, por nota, que é amigo de Youssef e negou envolvimento com os negócios do doleiro.
Conversas obtidas pela Polícia Federal, por meio de grampo e divulgadas pela imprensa, indicam que Vargas teria intercedido em favor de uma das empresas de Youssef, a Labogen, em contratos com o Ministério da Saúde.
A Operação Lava Jato foi desencadeada no dia 17 de fevereiro. A Polícia Federal cumpriu 24 mandados de prisão e 15 de condução coercitiva, além de 81 de busca e apreensão em 17 cidades. Cerca de 400 policiais participaram da operação.
A organização criminosa contava com quatro grupos, que tinham à frente doleiros que lucravam com câmbio paralelo ilegal e também praticavam crimes como tráfico de drogas, exploração e comércio ilegal de diamantes e corrupção de agentes públicos.
A festa da direita brasileira com a vitória de Trump: o que esperar a partir do resultado nos EUA
BC dá “puxão de orelha” no governo Lula e cobra compromisso com ajuste fiscal
Comparada ao grande porrete americano, caneta de Moraes é um graveto seco
Maduro abranda discurso contra os EUA e defende “novo começo” após vitória de Trump
Deixe sua opinião