A Justiça autorizou a soltura do ex-diretor-geral da Assembleia Legislativa do Paraná Abib Miguel, o Bibinho, que foi preso em Brasília na sexta-feira, dia 28, junto com outras quatro pessoas, no momento em que recebia uma mala com R$ 70 mil de origem suspeita. Ele seria solto à meia-noite deste sábado.
Segundo Leonir Batisti, coordenador do Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que desencadeou a operação, não houve necessidade de pedir a prorrogação das prisões temporárias que já haviam sido estendidas na última terça-feira.
No período em que os suspeitos ficaram detidos, os agentes do Gaeco trabalharam para produzir provas para a investigação, além de analisar a documentação apreendida na casa do ex-diretor. As negociações do grupo foram descobertas em escutas telefônicas autorizadas pela Justiça.
O advogado da família de Bibinho, Eurolino Reis, não comentou o caso, que está sob sigilo. Mesmo com os bens bloqueados e afastado de atividades comerciais, o ex-diretor continuava movimentando dinheiro por meio de uma rede de empresas em nome de outras pessoas, em suposto esquema de lavagem de dinheiro.
Além de Bibinho, foram presos os irmãos Edivan e Sandro Bataglin, acusados de administrar as empresas laranjas que pertenceriam ao ex-diretor da Assembleia, e dois filhos dele, Luciana de Lara Abib e Eduardo Miguel Abib.
Bibinho já foi condenado duas vezes (em janeiro e abril deste ano) em processos relacionados à série Diários Secretos, da Gazeta do Povo e RPC-TV, que desvendou um esquema criminoso de desvio de dinheiro da Assembleia Legislativa.
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