A Justiça determinou nesta quinta-feira (6) o bloqueio de R$ 308 mil em contas bancárias do deputado estadual Pastor Edson Praczyk (PRB) e do assessor legislativo Luiz Alberto Lima. A medida visa garantir que existam recursos para ressarcir os cofres públicos casos eles sejam condenados por improbidade em ação civil pública em que são acusados de desviar salários de uma professora contratada no gabinete do deputado, em 2001. As informações são do telejornal Paraná TV 2.ª Edição, da RPC.
A ação civil foi proposta pelo Ministério Público Estadual, que recebeu denúncia de que a professora teve seus documentos usados para nomeá-la para um cargo no gabinete de Praczyk. Ela declarou nunca ter trabalhado na Assembleia Legislativa.
O Ministério Público apurou que os salários que seriam da professora caíam direto na conta de Luiz Alberto de Lima. A professora contou ao MP que frequenta a mesma igreja evangélica que ele e lhe teria entregue os documentos pessoais para que fossem “abençoados”.
As irregularidades teriam ocorrido de 2001 a 2003, quando Praczyk exerceu o primeiro mandato como deputado estadual – atualmente, ele está na quinta legislatura consecutiva. Segundo o MP, ele teria delegado a uma funcionária de seu gabinete a responsabilidade de gerenciar as contas bancárias e controlar a movimentação financeira e os salários dos “fantasmas”. A suspeita do MP é que os recursos depositados pela Assembleia nessas contas tenham sido sacados por Micheli e entregues a Praczyk.
O advogado do deputado, Leonardo Brito, afirmou que ainda não foi informado oficialmente da decisão judicial e por isso não quer comentá-la. “Assim que formos cientificados apresentaremos recurso com pedido de reconsideração à juíza da causa”, disse.
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