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O Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu cassar os direitos políticos dos ex-prefeitos Paulo Maluf e Celso Pitta. Eles foram condenados por improbidade administrativa, acusados de simular excesso na arrecadação na capital paulista. Com isso, eles podiam gastar além do permitido. A defesa dos dois já anunciou que vai recorrer no Superior Tribunal de Justiça (STJ). A defesa terá ainda um prazo de 15 dias para contestar a decisão.

Paulo Maluf e Celso Pitta já tinham sido condenados em primeira instância a devolver R$ 1,2 bilhão à Prefeitura de São Paulo. A decisão do TJ, no entanto, não inclui a devolução do dinheiro.

Maluf e o filho Flávio ficaram 40 dias presos na sede da Polícia Federal em São Paulo acusados de atrapalhar as investigações sobre a movimentação de US$ 161 milhões de dólares em uma conta em Nova York, nos Estados Unidos. Os dois são acusados pelo Ministério Público por crimes de evasão de divisas, lavagem de dinheiro, corrupção e formação de quadrilha.

Após diversas tentativas, os advogados de Maluf conseguiram um hábeas-corpus no Supremo Tribunal Federal (STF), alegando que as testemunhas do processo já tinham prestado depoimento e, portanto, não havia mais motivo para a prisão de Flávio e Paulo Maluf, que foram presos acusados justamente coagir essas testemunhas.

O ministro Carlos Velloso afirmou ainda que a libertação de Maluf se justificava porque ele estava doente. O ex-prefeito chegou a ir ao hospital por duas vezes quando estava preso, alegando dores no peito e no estômago. Ele saiu da prisão com aspecto ruim, aparentemente abatido. No entanto, dias depois de sair da carceragem da PF, Maluf foi visto em Campos do Jordão comendo pastel de carne e tomando cerveja. Ele estava sorridente e em nenhum momento aparentou estar doente.

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