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Pizzolato teria recebido R$ 336 mil no esquema do Mensalão.

O Tribunal Administrativo Regional do Lazio negou o recurso da defesa do ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, que tentava impedir a extradição do mensaleiro. Com a decisão, a ser publicada nesta manhã de quinta-feira pela justiça italiana, o petista condenado a 12 anos e 7 meses de prisão no processo do mensalão pode ser extraditado para o Brasil, onde cumprirá pena no Presídio da Papuda. A informação foi confirmada pelo representante do Ministério da Justiça da Itália, Giuseppe Alvenzio.

A defesa de Pizzolato já anunciou que irá recorrer da decisão ao Conselho de Estado, que deve analisar um novo recurso. Ontem, Giuseppe Alvenzio classificou como inadmissível a possibilidade de revisão da decisão da Justiça Italiana sobre Pizzolato.

“É inadmissível. A Corte de Cassação já analisou todo o caso e tomou a decisão. Não se pode colocar em discussão o caso agora em um tribunal administrativo”, afirmou.

Caso o Tribunal regional acolha o recurso do ex-diretor do Banco do Brasil, o advogado informou que entrará com novo recurso.

“Todas as duas partes podem recorrer à segunda instância”, disse Giuseppe Alvenzio.

Maio

O primeiro parecer favorável ao pedido de extradição do governo brasileiro de Pizzolato foi dado no dia 24 de abril pelo ministro da Justiça da Itália, Andrea Orlando. Marcada para o dia 11 de maio, a extradição foi suspensa devido ao recurso apresentado pelos advogados do ex-diretor, no dia 6 do mesmo mês. Os defensores apresentaram o recurso ao Tribunal Administrativo Regional – TAR – de Roma.

O ex-diretor do BB foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento do mensalão pelos crimes de corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro. Ele autorizou o repasse de R$ 73,8 milhões do Banco do Brasil, em 2003 e 2004, do fundo Visanet, à DNA, agência de publicidade do empresário Marcos Valério, por meio de contrato. De acordo com o STF, o dinheiro foi repassado a políticos.

Pizzolato, que teria recebido R$ 336 mil do esquema, fugiu em 2013 do Brasil com um passaporte italiano falso no nome do irmão, Celso, morto em 1978. O ex-diretor foi preso em Maranello, no Norte da Itália, em 5 de fevereiro do ano passado. Cidadão italiano, ficou preso de fevereiro a outubro de 2014 na prisão Sant’Anna di Modena, na cidade italiana de Modena. Solto após decisão da Corte de Apelação de Bolonha, voltou a ser preso em fevereiro deste ano.

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