A Justiça Militar de Manaus determinou a prisão preventiva de sete controladores de vôo do Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo de Manaus (Cindacta 4), na segunda-feira (13). Eles só começaram a ser presos na terça-feira (14). A prisão é por tempo indeterminado.
Todos são sargentos da Aeronáutica. Seis deles estão presos em Manaus e um em Porto Velho. O defensor público da União, João Thomas Luchsinger, pediu a revogação da prisão preventiva dos controladores, mas ainda não obteve resposta.
O juiz José Barroso Filho, da Justiça Militar da União, entendeu que os militares ofereciam risco à disciplina e hierarquia dentro da instituição militar. De acordo com o inquérito militar, os controladores teriam liderado o movimento de 30 de março, quando houve aquartelamento voluntário dos militares e greve de fome no Cindacta 4.
Na época, controladores de vôo do Cindacta 1, em Brasília, pararam e desencadearam atrasos e cancelamentos de vôos nos aeroportos. O inquérito militar apontou que o objetivo seria desmilitarizar o controle de tráfego aéreo no país e pressionar o governo por melhores salários.
Segundo a decisão do juiz, "a intenção de buscar melhores condições de trabalho com críticas aos regulamentos disciplinares assumindo a tese de desmilitarização do setor ficaram patentes nas entrevistas dadas à imprensa." O juiz ainda argumentou que "os denunciados são militares e devem cumprir integralmente as ordens recebidas e desempenhar fielmente as missões que lhe forem atribuídas."
A decisão diz ainda que "a falta de acatamento dos ditames inerentes ao exercício da função militar demonstram um grave comprometimento da hierarquia e disciplina, pilares de sustentação das Forças Armadas."
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