Cinco anos e meio depois, o Ministério Público Federal (MPF) denunciou à Justiça Federal de Mato Grosso os envolvidos no chamado "escândalo dos aloprados", como ficou conhecida a tentativa de integrantes da máfia das ambulâncias de vender informações comprometedoras contra o então candidato ao governo de São Paulo José Serra (PSDB), na eleição de 2006. A denúncia foi apresentada no dia 14 de junho e acatada no mesmo dia pelo juiz Paulo César Alves Sodré, que agora vai dar início às audiências do processo.
Gedimar Passos, Valdebran Padilha, Expedito Veloso, Hamilton Lacerda, Jorge Lorenzetti e Osvaldo Bargas, todos ligados ao PT, vão responder por crimes contra o sistema financeiro nacional, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. O dossiê estava sendo negociado pelos chefes da máfia das ambulâncias, Luiz Antônio e Darci Vedoin. Eles, no entanto, não vão responder a esse processo.
O caso veio à tona no dia 15 de setembro de 2006, quando a Polícia Federal (PF) prendeu o agente policial aposentado Gedimar Passos e o empreiteiro Valdebran Padilha no hotel Íbis de São Paulo, com o dinheiro usado para pagar o dossiê. Gedimar foi flagrado com US$ 139 mil e R$ 410 mil. Já Valdebran tinha US$ 109,8 mil e R$ 758 mil.
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