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O juiz João Marcos Guimarães, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, decretou nesta terça-feira a prisão preventiva do professor de educação física Paulo César Timponi, de 49 anos, acusado de ter provocado o acidente que matou três mulheres no último sábado em Brasília. A decisão do juiz vai além do pedido do delegado Antônio Cavalheiro Filho, que cuida do caso e havia pedido a prisão temporária, que tem a duração de cinco dias. Não há prazo para o fim da prisão preventiva, que só é derrubada com outra decisão judicial.

O advogado de Timponi, Aldo Campos Costa, entrou com pedido de habeas corpus no início da noite desta terça para tentar libertar seu cliente. Timponi se apresentou às 19h para depor, já com a decisão de prendê-lo tomada pela Justiça. Após o depoimento, ele seria transferido para a carceragem da Delegacia de Polícia Especializada.

O juiz optou pela prisão preventiva porque levou em conta a ficha criminal de Timponi, que já foi preso outras vezes e até condenado por tráfico de drogas. Ele não é mais réu primário. O acusado se apresentou na segunda-feira à delegacia, às 23h30, mas o delegado não quis ouvi-lo sem ordem de prisão assegurada.

Logo que soube da presença de Timponi na delegacia, Luiz Antônio Vasconcelos, marido de Antônia Vasconcelos, que morreu no acidente, foi ao seu encontro. Ele queria encarar o professor.

- Que Deus o perdoe por ter destruído o sonho de três famílias. Ele é um desequilibrado mental que merece apodrecer atrás das grades - disse Luiz Vasconcelos.

Polícia já sabe quem é o segundo motorsita envolvido em 'pega'

Laudo da perícia constatou que no interior do carro de Timponi havia maconha e cocaína. A polícia já havia encontrado no veículo, na segunda, uma garrafa de uísque e uma lata de cerveja. O Departamento de Trânsito (Detran) já teria identificado o proprietário do outro carro, uma picape S-10, que se envolveu no 'pega' com o Golf de Timponi. Mas a sua identidade não foi divulgada nesta terça. Durante o 'pega', o Golf atingiu outro veículo, um Corolla, que chocou-se contra um poste provocando a morte de três mulheres que estavam no banco de trás.

Cid Almeida se despediu da mulher, Altair, de 53 anos. - Fizemos 30 anos de casados, com filhos já grandes, a gente podia aproveitar tanto, tantos sonhos e e acontece uma tragédia dessas - lamenta Cid Almeida, marido de Altair.

Segundo a polícia, Altair, a irmã dela, Antônia, e a amiga, Cíntia, são vítimas da irresponsabilidade de dois motoristas, que disputavam um 'pega', na entrada da Ponte JK, local de movimento intenso.

- No momento em que se constatar que houve abuso do uso do álcool, que houve omissão de socorro e que houve a prática de pega, se esse crime não for doloso, a gente não sabe mais o que é - disse Délio Cardoso, diretor do Detran-DF.

Paulo César Timpone enviou dois advogados à delegacia na segunda-feira, para negar que estivesse participando de um racha e apresentar ao delegado um atestado médico.

- Será que a pessoa que causa um acidente trágico, ceifa três vidas, desgraça a vida de três famílias, tem que ficar em repouso? Essa é a indagação que eu faço - questiona Antônio Cavalheiro Filho, delegado.

Para o marido de Antônia, morta no acidente, Timpone tem que pagar pelo o que fez.

- Esse fato não pode ser esquecido, para que a gente possa punir esses monstros que vão para as ruas para destruir famílias, pessoas inocentes. Mataram três mães, três mulheres maravilhosas - alerta Luís Cláudio de Vasconcelos, marido de Antônia.

'Pega' mata quatro em Santa Catarina

Em Santa Catarina, um 'pega' de motos matou quatro jovens no fim de semana na BR-101, em Tubarão. Um dos motoqueiros perdeu a direção e bateu na outra moto. Os quatro rapazes, entre 18 e 20 anos, foram jogados em um barranco e morreram na hora.

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