A juíza federal convocada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (RJ e ES), Márcia Helena Nunes, decretou nesta quinta-feira (14) a prisão do ex-chefe de Polícia Civil, o delegado Álvaro Lins, dois dias depois dele perder a imunidade parlamentar. Lins teve seu mandato de deputado estadual pelo PMDB cassado por 36 votos a 24 quórum mínimo exigido pela Assembléia Legislativa do Rio (Alerj). O processo corre em segredo de Justiça.
O delegado foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) sob as acusações de formação de quadrilha armada, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e facilitação de contrabando e foi preso na Operação Segurança Pública S/A, da Polícia Federal. Foi solto em 24 horas por decisão de colegas da Alerj (40 votos a 15). Álvaro Lins, que chefiou a Polícia Civil do Rio de 2000 a 2006, nos governos de Anthony Garotinho e Rosinha Matheus, ambos do PMDB, também enfrenta dois processos administrativos na Corregedoria Geral Unificada, da Secretaria de Segurança Pública e pode ser expulso do quadro da Polícia Civil.
O advogado de Lins, Ubiratan Guedes, informou que assim que receber o documento vai apresentar seu cliente. "Soube do decreto pela imprensa e ainda não recebi nenhuma informação oficial. Claro que ele vai se apresentar, assim que formos notificados. Ele é inocente e vamos provar isso", afirmou Guedes. O advogado disse também que ainda vai impetrar mandado de segurança, com pedido de liminar, requerendo a sua imediata reintegração ao cargo de deputado.
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