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A Delegacia de Realeza, no Sudoeste do Paraná, obteve parecer favorável da Justiça, na última sexta-feira (25), a um pedido de prisão preventiva de dois irmãos do ex-assessor da Casa Civil Eduardo Gaievski. Os irmãos Edmundo e Francisco Gaievski são investigados por possível coação de testemunhas. Eles ainda não tinham sido localizados até esta tarde, conforme o titular da delegacia da cidade, Valderes Scalco.

Na última sexta foram presos um filho (André Willian Gaievski) e um advogado (Fernandes da Silva Borges) de Gaievski. Eles estavam em um carro com duas mulheres que testemunharam contra o assessor no processo que culminou na prisão de Gaievski – que é ex-prefeito de Realeza, e foram presos em flagrante. O Ministério Público investigava a possível intimidação de testemunhas há pelo menos um mês.

A prisão de Edmundo e Francisco faz parte do mesmo inquérito que também investiga o filho e o advogado. O pedido de prisão preventiva dos dois primeiros, segundo Scalco, saiu no mesmo dia em que o flagrante que motivou a prisão do filho e do advogado foi convertido em prisão temporária.

Além da suposta coação de testemunhas praticada por parentes e por um dos advogados do ex-prefeito, o próprio Gaievski era suspeito de agir para coagir testemunhas – mesmo estando preso desde o fim de agosto. Ele está detido na Penitenciária Estadual de Francisco Beltrão desde a última quinta (25).

"Estamos tentando cumprir os dois mandados de prisão expedidos na sexta-feira e temos uma audiência com o advogado que os representa. Sendo presos, eles ficam à disposição da Justiça", afirmou o delegado. Ainda de acordo com Scalco, a investigação do caso deve ser concluída pela polícia até esta sexta-feira (1º) e entregue à Justiça. "Todos os elementos de prova ficam a disposição da Justiça e do Ministério Público. Tenho agendado várias oitivas e requisitei documentos que serão reunidos até sexta", disse.

O advogado de defesa da família Gaievski e de Borges está sendo procurado pela reportagem desde a semana passada, mas não atende às ligações. A informação passada por seu escritório de advocacia é de que ele não iria se pronunciar para a imprensa sobre o caso.

Relembre o caso

Ex-prefeito de Realeza, Gaievski responde a 17 denúncias por estupro de vulnerável (menores de 14 anos), estupro e assédio sexual, entre 2008 e 2009. Ele foi exonerado pela ministra Gleisi Hoffmann logo depois de ter a prisão preventiva decretada.

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