Entre 2000 e 2004, o empresário Marcos Domakoski esteve à frente de uma das instituições paranaenses que se engajaram na busca de ter um Tribunal Regional Federal (TRF) no estado. Como presidente da Associação Comercial do Paraná (ACP) na época, ele se uniu a juristas e a parlamentares para a apresentação de uma Proposta de Emenda à Constituição que viabilizasse a implantação de um TRF aqui. Ele comemorou a aprovação da proposta pelo Congresso Nacional na semana passada e disse que a conquista representará grandes ganhos para todos os paranaenses e não apenas para o meio jurídico.
Na visão de um ex-presidente da ACP, o que representa a criação do tribunal aqui no Paraná?
Essa foi uma das maiores conquistas do estado do Paraná nas últimas décadas, porque não só amplia o mundo jurídico tendo por aqui uma corte de segunda instância, como também há ganhos para o mundo acadêmico. Há ainda o ganho direto na economia de quem tem suas demandas na Justiça Federal. É importante dizer que a grande maioria das ações são questões previdenciárias, de INSS, são pessoas simples, da comunidade de um modo geral que precisam de acesso a essa justiça. Vai sair mais barato, vai ter mais agilidade, e a sociedade como um todo ganha. Um país como o Brasil, com dimensões continentais, não pode imaginar uma população do tamanho da do Paraná, e com a importância no cenário econômico nacional, que tenha uma segunda instância em Porto Alegre.
Qual foi a maior conquista?
A maior vitória não está na conquista em si, que é bastante significativa. Mas a maior conquista é que tivemos todas as lideranças das mais diferentes entidades de classe e lideranças empresariais, bancadas, governadores, prefeitos, todos estiveram unidos em prol dessa causa ao longo desses anos. Que isso represente uma quebra de paradigma para o estado do Paraná. Que antes das divergências políticas e partidária sejam colocados os interesses maiores do estado do Paraná.
E como isso aconteceu?
É um projeto lá de trás. Quem apresentou foi o senador Osmar Dias, que hoje tem o apoio do governador, do prefeito, do movimento Pró-Paraná. Agora espera-se que esse mesmo espírito prevaleça nas novas demandas do estado, como as questões do mar territorial, de dotar o estado dos investimentos necessários em infraestrutura, portos, aeroportos, ferrovias. Que esse mesmo espírito se mantenha vivo e que as lideranças continuem unidas em torno de tudo aquilo que o Paraná precisa para o seu desenvolvimento.
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