Um homem simpático e inteligente – um gentleman – quem conheceu de perto o jurista e filósofo norte-americano Ronald Dworkin não poupa elogios a ele, que faleceu em 14 de fevereiro, aos 81 anos, devido a uma leucemia. Sua obra certamente marcou o direito contemporâneo, pois jogou luzes à utilização dos princípios na tomada de decisões em casos difíceis, que, segundo ele, não têm resposta na legislação nem na prática jurídica.

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Na reportagem de capa desta semana, ouvimos operadores do Direito que tiveram a chance de conviver com o autor, entre eles o advogado Luís Roberto Barroso, conhecido nacionalmente por sua atuação em casos de repercussão nacional no Supremo Tribunal Federal (STF). Para um pós-positivista como ele, explica o advogado, existe sim direito fora da norma, "inclusive o direito que decorre dos valores morais. E [para Dowrkin] os valores morais ingressam no direito pela porta dos princípios".

Dentre os artigos desta semana, um dos textos traz dados impressionantes sobre o número de condenações nas varas criminais de Curitiba. O advogado Maurício Dieter apresenta dados da pesquisa desenvolvida pelo juiz Fábio Capela em sua dissertação de mestrado, que descobriu que 64,4% dos casos terminam com aplicação de pena. Além disso, ele explica que praticamente a metade das sentenças absolutórias é determinada pela prescrição ou morte do acusado.

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Ainda na esfera criminal, o entrevistado desta semana é o professor da Universidade de Bolonha Massimo Pavarini. Na conversa com a repórter Joana Neistch, ele defendeu a ideia de que mais repressão não significa mais segurança e criticou quem defende que produzir segurança é trancar o bandido na cela e jogar a chave fora.

Boa leitura!