O papel paternalista do Estado foi o grande tema de abertura do III Congresso Brasileiro de Direito Eleitoral, nesta manhã, durante a primeira conferência. O evento acontece em Curitiba, na Fiep, até o próximo sábado (19). O professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e da UniBrasil Clèmerson Merlin Clève sustentou ser necessário um acompanhamento do Estado até a sociedade atingir um grau de maturidade ideal. Já o desembargador do Tribunal Regional Federal (TRF) Néviton Guedes defendeu que o povo deveria ser protagonista de suas decisões.
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Em seu pronunciamento, o desembargador alertou para uma intervenção indevida do Judiciário nas escolhas dos representantes da sociedade. Segundo ele, existe uma tentação dos magistrados para rejeitar candidatos que não parecem ser qualificados para governar.
Cléve também fez uma série de ressalvas a críticos que consideram o sistema eleitoral brasileiro ineficaz e exigem mudanças estruturais profundas. Para ele, o modelo estabelecido no país funciona, o problema real são os altos custos causados principalmente pela corrupção.
A abertura do III Congresso Brasileiro de Direito Eleitoral, organizado pelo Instituto Paranaense de Direito Eleitoral (Iprade), contou com a presença do presidente da seccional do Paraná da Ordem dos Advogados (OAB-PR), José Lúcio Glomb, e do ex-presidente do Instituto Brasileiro de Direito Eleitoral (Ibrade), Torquato Lorena Jardim. O presidente do Iprade, Luiz Fernando Pereira, discursou durante a solenidade de abertura. Entre os principais assuntos que serão discutidos nas conferências, Pereira destacou a Lei da Ficha Limpa.
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