O juiz Eduardo Oberg, da Vara de Execuções Penais do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, realizou, na tarde desta segunda-feira (30), uma vistoria na cela onde está preso o banqueiro André Esteves, 47. Esteves está em Bangu 8, na zona oeste do Rio. A vistoria foi realizada a partir de suspeitas de que o empresário teria regalias no cárcere.
Ele foi preso na quarta (25) sob suspeita de prejudicar o andamento das investigações da Lava Jato e acenar com financiamento a uma eventual fuga de Nestor Cerveró, ex-diretor internacional da Petrobras que está preso em Curitiba e que firmou recentemente um acordo de delação premiada.
A PGR (Procuradoria Geral da República) também acusa Esteves de ter cópias dos depoimentos de delação de Cerveró. Uma gravação de áudio feita pelo filho de Cerveró, Bernardo, foi uma das provas usadas contra o banqueiro.
No sábado (28), a mulher de Esteves, Lilian, foi visitá-lo mesmo sem ainda estar cadastrada no sistema penitenciário do Rio. A liberação foi concedida pelo secretário de Administração Penitenciária, o coronel da Polícia Militar, Erir Ribeiro da Costa Filho.
De acordo com a assessoria do Tribunal de Justiça, a fiscalização verificou as instalações onde se encontra André Esteves. A vistoria, de acordo com a assessoria, “constatou que o interno possui o mesmo tratamento que os demais presos”.
Ao visitar Esteves, Lilian teria levado, de acordo com o jornal “O Dia”, um bacalhau do restaurante Antiquarius. A Seap informou que, em dias de visitas, os detentos podem receber qualquer alimento desde que colocados em bolsas transparentes.
No domingo (29), o ministro Teori Zavascki determinou que a prisão de André Esteves passasse de temporária para preventiva, ou seja, por tempo indeterminado.
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