O mandato de Marcus Vinícius Furtado Coêlho como presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) foi no olho do furacão. Durante o triênio, houve a eclosão da Operação Lava Jato, eleições e, logo a após a posse da presidente reeleita, surgiram os pedidos de impeachment e a crescente insatisfação popular. No mesmo ritmo da crise política, a economia vai se deteriorando. Nesse contexto, diferentes setores com diferentes interesses cobram um posicionamento de entidades relevantes como a OAB.

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Segundo o presidente, os interesses da Ordem são pela proteção das prerrogativas e garantia dos direitos constitucionais dos cidadãos. Coêlho reiterou esse discurso na entrevista que concedeu ao Justiça & Direito na última. Já em ritmo de fim de mandato, o advogado tratou de revisar e ressaltar as iniciativas de sua gestão.

Em relação às questões políticas, Coêlho prefere evitar posicionamentos incisivos e frisa a necessidade do respeito a princípios como a presunção de inocência e o direito de defesa.

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Estar à frente de uma instituição do porte da OAB, com a relevância que a entidade tem na história do Brasil, é certamente uma tarefa que requer equilíbrio político. Felizmente, a entidade conta com o respeito e apoio de diferentes correntes ideológicas. Diante desse panorama, seu papel, precisa ser o mais imparcial possível.

Por outro lado, em momentos de crise, só entidades com a respeitabilidade da OAB é que podem dar respaldo e segurança jurídica a discussões das quais a sociedade não pode se furtar. Por força da Constituição, é possível dizer que a Ordem representa não só os interesses da heterogênea advocacia brasileira, mas de toda a sociedade. Que a sua atuação seja à altura das expectativas.

Boa leitura!